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IBRAM apresenta 5 compromissos da mineração conectados à pauta da COP30

Estudo anunciado por CEOs das principais mineradoras do país e do IBRAM elencam: Energia renovável, natureza positiva, eficiência hídrica, adaptação municipal e descarbonização com métricas verificáveis.

O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) apresentou neste dia 28/10, um estudo que detalha cinco compromissos setoriais, que conecta metas ambientais e sociais a indicadores verificáveis, com foco em energia, natureza positiva, água, adaptação e descarbonização. A proposta posiciona a mineração como parte da solução climática, oferece previsibilidade para investimentos e políticas públicas e se alinha aos objetivos-chave discutidos no ciclo da COP30 (conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas), incluindo transição energética e resiliência em cidades e bacias.

O anúncio foi feito por Raul Jungmann, diretor-presidente do IBRAM, e por Ana Sanches, presidente do Conselho Diretor e CEO da Anglo American no Brasil, em entrevista coletiva para a imprensa brasileira e estrangeira que cobre a EXPOSIBRAM 2025, em Salvador. CEOs de outras mineradoras e integrantes do Conselho do IBRAM também participaram do evento com os jornalistas.

“Esses compromissos foram amplamente discutidos com nossos associados, são verificáveis e serão monitorados publicamente com total transparência e reportados periodicamente. Eles representam o compromisso da mineração brasileira com o país, com o planeta e com as próximas gerações”, destacou Jungmann. Em referência ao fato de que o setor mineral irá apresentar os compromissos durante os debates da COP30, em novembro, o presidente do IBRAM disse que esta COP será de ações, conforme disse o presidente designado da conferência, embaixador André Corrêa do Lago. “Agora é a hora dos compromissos. A mineração brasileira é um dos primeiros setores a apresentar metas concretas e mensuráveis para a transição climática”, disse Raul Jungmann.

Para Ana Sanches, o ‘timing’ de divulgação dos compromissos ambientais do setor mineral “é perfeito” e eles estão alinhados à pauta da COP30 bem como aos ODS, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, das Nações Unidas. Ela destacou que a indústria da mineração dará ampla publicidade à sociedade ao andamento dos compromissos anunciados hoje.

Por que este anúncio é relevante agora

Integração com objetivos da COP30: transição energética, eficiência e afastamento de combustíveis fósseis dentro de um cronograma que dá segurança a investidores e formuladores de políticas.
Indicadores claros e metas 2030: cada compromisso traz linha de base, métrica e alvo de curto e médio prazos, o que permite monitorar progresso e orientar capital.
Foco em resiliência territorial: ênfase em adaptação climática, integração com planos urbanos e fortalecimento de capacidades municipais nos territórios mineradores.

Os cinco compromissos setoriais

  1. Energia
    Meta: ampliar em 15% a participação de fontes renováveis na matriz energética do setor mineral até 2030, contribuindo para operações de baixo carbono. Métrica: razão entre consumo de energia renovável e consumo total. Linha de base 2023: 149 milhões de Gigajoules de origem renovável (GJ renovável) sobre 331 milhões de GJ totais, razão aproximada de 0,45. Meta 2030: 0,49. Obs: um gigajoule equivale a aproximadamente 277,78 kWh.
  2. Natureza positiva
    Meta: ampliar em 10% o ganho líquido de biodiversidade até 2030, medido pelo aumento da razão entre áreas protegidas e áreas impactadas pelas operações. O compromisso dialoga com objetivos nacionais e internacionais de conservação e restauração.
  3. Água
    Meta: reduzir em 10% o uso específico de água nova por tonelada de ROM (Run-of-mine, em português “minério bruto”) até 2030, com ênfase em eficiência hídrica e menor pressão sobre recursos. Linha de base 2023: 171,1 milhões de m³ de água nova para 561,6 milhões de toneladas de ROM, razão 0,305. Meta 2030: 0,237.
  4. Adaptação
    Meta: fomentar a elaboração de 30 planos municipais de adaptação às mudanças do clima em territórios com mineração até 2030, integrando a agenda climática a planos diretores, mobilidade, saneamento e infraestrutura urbana. Ferramentas de apoio: Índice de Progresso Social, estudo de maturidade da Defesa Civil e aplicativo PROX.
  5. Descarbonização
    Adotar padrões de governança e métricas capazes de acelerar a transição: redução das emissões diretas do setor; contribuição à queda de emissões na cadeia global do minério de ferro; viabilização da transição energética por meio de minerais críticos e estratégicos. Linha de base de emissões diretas (Escopo 1 e 2): 12,8 MtCO₂e (Megatoneladas de dióxido de carbono equivalente). Trajetórias indicativas: redução de 40% a 50% até 2035 e de 90% a 95% até 2050, com alavancas como substituição de combustíveis fósseis, eletrificação, contratos de energia renovável de longo prazo, eficiência e soluções baseadas na natureza.

Convergências com a pauta da COP30
Energia: triplicar renováveis e duplicar eficiência energética como orientação de política, com sinalização para setores de difícil descarbonização.
Natureza: investimentos em conservação, restauração e uso sustentável de ecossistemas.
Água e cidades: governança multinível e infraestrutura resiliente como eixos de adaptação climática.

Resumo das mensagens-chave dos 5 compromissos do setor mineral
• A indústria apresenta compromissos com métricas e prazos.
• Há linhas de base 2023 e metas 2030, facilitando acompanhamento anual e apuração.
• O pacote integra mitigação e adaptação, do consumo energético à resiliência municipal.
• A agenda dialoga com prioridades da COP30 e com objetivos nacionais de clima e conservação.

Sobre o IBRAM

O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) é uma organização privada, sem fins lucrativos, com mais de 300 associados, responsáveis por mais de 85% da produção mineral do Brasil. Suas ações são direcionadas para a construção de um ambiente favorável aos negócios em bases sustentáveis, promovendo a competitividade e a responsabilidade socioambiental da atividade mineral.

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